A Inteligência Artificial é a área da Ciência da Computação responsável por estudar e desenvolver softwares com capacidade de simular a inteligência e o comportamento humano. Para alguns, pode soar como algo futurista, mas a verdade é que essa tecnologia já está amplamente presente no nosso dia a dia. Duvida?
Sabe quando você está comprando em um e-commerce e aparece algo como “Você também pode gostar de…”, ou quando uma mensagem de e-mail cai direto na caixa de spam? Pois é, quem faz isso é a Inteligência Artificial.
Que tal entender mais sobre o assunto? Vem com a gente!
Onde surgiu a Inteligência Artificial?
O termo Inteligência Artificial foi citado pela primeira vez em 1955, por John McCarthy, professor de matemática do Dartmouth College, em Hanover, nos Estados Unidos. Sim, você leu certo! Já se falava sobre o assunto lá no século passado.
Um ano depois da primeira menção à Inteligência Artificial, McCarthy selecionou um grupo de cientistas para estudar uma forma de “ensinar” as máquinas, culminando nessa nova área de estudos da Ciência da Computação.
Cinco anos antes de se ouvir falar em Inteligência Artificial, Alan Turing – considerado pai da Ciência da Computação Teórica e da Inteligência Artificial – já havia iniciado os primeiros testes para avaliar a capacidade de raciocínio das máquinas.
Essas iniciativas resultaram, mais tarde, no Game of Checkers, primeiro jogo de computador desenvolvido do machine learning, pelo cientista de computação Arthur Lee Samuel, e no chatbot, batizado de ELIZA. A partir dessas grandes descobertas, sucederam-se diversos outros estudos que deram origem à Inteligência Artificial como conhecemos hoje.
Como funciona a Inteligência Artificial?
Os softwares funcionam assim: uma sequência de códigos indica o que deve ser feito diante de determinada situação. Então, se o software for submetido a uma condição não prevista por quem o programou, simplesmente não funcionará. “Ok. E onde a Inteligência Artificial entra nisso?”, você deve estar se perguntando. Pois bem, a Inteligência Artificial foi a tecnologia que rompeu essa barreira. Mas como?
Veja só: ao invés de programarmos cada ação do sistema, com a Inteligência Artificial é possível ensinar as máquinas a aprenderem de forma autônoma. Se isso te lembrou machine learning, você pensou certo. A aprendizagem de máquina é uma das subáreas da Inteligência Artificial.
Há duas formas de ensinar as máquinas: a aprendizagem supervisionada e a não supervisionada.
Na aprendizagem supervisionada, se quisermos ensinar um software a identificar modelos de carros, teremos de fornecer dados de diferentes carros, com seus respectivos modelos. O programa vai identificar as características comuns a cada modelo e, após reunir um número suficiente de informações, conseguirá diferenciar por conta própria cada modelo.
Já na aprendizagem não supervisionada, o programador não fornece a informação sobre o modelo, mas apenas o ensina a agrupar os carros que possuam características semelhantes, e a Inteligência Artificial identifica o padrão e o aprimora, conforme classifica os dados.
Outra subárea da Inteligência Artificial muito utilizada atualmente é o Processamento de Linguagem Natural (PLN). Essa é uma tecnologia que permite que as máquinas consigam interpretar e se comunicar por meio da linguagem natural, ou seja, a linguagem humana. Mas como isso é possível?
Pois bem, o programa fragmenta o conteúdo escrito ou falado por uma pessoa, para analisar a relação entre os termos e compreender seu significado. Por exemplo, se você perguntar para a Alexa qual o endereço do Banco “X” mais próximo, a Inteligência Artificial saberá que se trata da instituição financeira, e não de um assento, pois a base de dados da assistente virtual informa que “X” se refere a um banco.
Quais são os tipos de Inteligência Artificial?
A Inteligência Artificial pode ser classificada em três tipos:
1. Artificial Narrow Intelligence (ANI): também conhecida como Inteligência Artificial estreita, refere-se à Inteligência Artificial atual, caracterizada por ser especializada em realizar um tipo de tarefa. Por exemplo, um software que simula uma pessoa jogando xadrez foi ensinado apenas para isso, ou seja, não saberia jogar damas, a menos que lhe fosse ensinado também;
2. Artificial General Intelligence (AGI): como o próprio nome sugere, consiste na Inteligência Artificial capaz de realizar qualquer tipo de tarefa, diferentemente da ANI. Aliás, a AGI corresponde à próxima etapa evolutiva da Inteligência Artificial;
3. Artificial Super Intelligence (ASI): última etapa evolutiva da Inteligência Artificial, os robôs conseguirão replicar a inteligência dos seres humanos e até superá-la, bem como desenvolver emoções e personalidade.
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